A ditadura da toga, como é conhecido o regime autoritário do judiciário brasileiro, confrontou Elon Musk, proprietário da X, obrigando-o a censurar contas de pessoas da oposição brasileira ao governo Lula. Musk disse que não faria isso porque é contra as leis da República Federativa do Brasil, expondo que o judiciário estaria forçando uma empresa estrangeira a violar as leis do país. Nesse sentido, o Congresso dos Estados Unidos pediu a Elon Musk que esclarecesse essa situação, já que, de acordo com a legislação norte-americana, o Estado obriga as empresas nacionais a cumprir as leis dos países onde fazem negócios.
Essa situação expôs a agenda de censura que a esquerda está promovendo no Brasil, deixando-o completamente nu. Tudo isso teve um impacto na política do país sul-americano, com a possibilidade de mudar a atual situação de autoritarismo para uma situação de possível abertura e diálogo. Nesse sentido, quais foram as consequências das opiniões de Musk no Brasil como resultado de sua posição e também de suas opiniões?
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O efeito Elon Musk pode ser visto no Brasil após a manifestação popular em favor da liberdade de expressão em 21 de abril em Copacabana, Rio de Janeiro. Os meios de comunicação Globo e UOL que costumam cobrir as notícias referindo-se a Bolsonaro como fascista e antidemocrático, mudaram o tom. Parece brincadeira, mas foi “notícia” a forma como esses veículos de comunicação se referiram respeitosamente aos acontecimentos.
Por outro lado, o X ainda não foi proibido no Brasil. Enquanto escrevo este artigo de opinião, o ditador não cumpriu suas ameaças de banir a plataforma do território brasileiro, nem começou a cobrar as multas exorbitantes com as quais ameaçou Musk. Em outras palavras, pela primeira vez, o ditador demonstrou que seu poder não é infinito.
Da mesma forma, alguns atores da oposição conseguiram mais uma vez chamar os líderes do regime autoritário no Brasil de ladrão e ditador sem sofrer nenhuma consequência judicial. Antes do efeito Musk, os autoritários haviam prendido vários líderes políticos e perseguido vários jornalistas pelo “crime de opinar”.
Musk disse, por sua vez, que criará um fundo para a defesa da liberdade de expressão, já que, além da censura no Brasil, há também agendas de censura em outras partes do mundo, como a Austrália. Será que este é um bom momento para que, assim como a Open Society financia ONGs no Brasil para promover a censura, esse fundo apoie iniciativas de liberdade de expressão no país? Ou será que a ditadura começará a legislar para perseguir ONGs em geral, como faz o chavismo na Venezuela, para impedir que recebam financiamento internacional?
A aposta autoritária do ditador parece ter chegado a um limite. Esse limite foi estabelecido por Elon Musk e, com ele, a oposição política a Lula foi fortalecida. No entanto, a esquerda está discutindo se deve apoiar esse autoritarismo que a ajuda a proteger seus privilégios dentro do sistema político ou se deve iniciar um processo de diálogo e abertura com a oposição para coexistir sem ter que chegar ao estágio de extermínio como em Cuba, Nicarágua ou Venezuela.
Será que o efeito Musk será o principal incentivo para que o sistema brasileiro sacrifique o ditador e nada mude tão radicalmente? Teremos alguma ideia sobre isso após a sessão do Senado, onde Elon Musk foi convidado a testemunhar sobre a coerção do judiciário contra X.