![Como a esquerda normaliza o terrorismo como método de luta no Brasil](https://cdn.panampost.com/wp-content/uploads/2023/08/LULA-AMAZONAS-TW.jpg)
O Rui Costa Pimenta disse que o terrorismo “é um método de luta, não é um crime, não é uma maldição do inferno”. Ele diz que há uma campanha do imperialismo contra a luta dos povos e, por isso, criminaliza a luta de todos os tipos de movimentos armados. Esse sujeito, que é o presidente de um dos movimentos mais radicais da esquerda brasileira, é, obviamente, um dos defensores da narcoditadura venezuelana.
Na Venezuela, a ditadura tortura e mata jovens, rotulando-os de terroristas pelo simples fato de saírem às ruas para protestar contra a opressão. Mas não veremos o presidente do PCO falando sobre isso, e sim dizendo que se trata de campanhas de propaganda contra o Nicolás Maduro, que Lula diz, aliás, ser um anjo.
Os movimentos revolucionários da esquerda se baseiam nessa maneira de pensar: o outro deve ser subjugado em nome da revolução. E se o outro resiste e se opõe, então ele deve ser eliminado com violência. A violência contra o agente contrarrevolucionário pode ser de qualquer forma, porque para eles não há limites e tudo será justificado no tribunal da história. Não há direitos humanos, leis, normas, moral, empatia, tolerância, compreensão ou consideração pelo outro.
- Leia também: Brasil: Estado de direito ou justiça revolucionária?
- Leia também: Quando podemos dizer que há uma ditadura no Brasil?
Nesse sentido, para os revolucionários da Venezuela, é válido subjugar o líder de um grupo de estudantes perseguindo e coagindo os parentes dos membros desse grupo; é válido mandar uma juíza para a cadeia por ter emitido um veredicto que não agradava a Chávez e depois estuprá-la e abusar dela para mostrar aos outros juízes do país o que os espera; é válido para o chavismo assassinar o policial Oscar Perez com outras 6 pessoas, uma delas uma mulher grávida que foi morta a sangue frio com um tiro na cabeça; é válido torturar jovens nas prisões com eletricidade em seus órgãos genitais até que sejam destruídos ou amarrar suas mãos e colocá-los em uma sala cheia de baratas, no escuro, por horas.
Para Rui Costa Pimenta, tudo isso é válido e, se não for, é propaganda imperialista. Os mais de 900 testemunhos encontrados no Tribunal Penal Internacional, denunciando Maduro e sua cadeia de comando por crimes contra a humanidade, seriam uma narrativa para destruir a revolução bolivariana, na sua opinião?
Recentemente, o presidente Lula comparou o holocausto nazista às ações de Israel em Gaza. Uma declaração de ofensa sem igual à memória do povo judeu, mas, acima de tudo, em defesa do Hamas. Se analisarmos esse e outros discursos de Lula sobre o conflito em Gaza, podemos facilmente concluir que ele “condena as ações violentas do Hamas”, mas, acima de tudo, condena o Estado de Israel por enfrentar e eliminar os terroristas. Sua posição é tão clara que o Hamas foi explícito em suas felicitações a Lula por essa posição.
Vale a pena registrar que Celso Amorín, um dos principais assessores de política externa de Lula, escreveu o prefácio do livro ” Engajando o mundo: A construção da política externa do Hamas” (2023), escrito por Daud Abdullah. No prefácio, ela exalta a dimensão internacional do Hamas e acredita que eles podem desempenhar um papel muito importante no que ela chama de “restauração dos direitos palestinos”.
A ONG israelense The Center for Near East Policy Research, dirigida por David Bedein, realizou décadas de trabalho denunciando a forma como o Hamas atua em Gaza, subjugando os palestinos e violando seus direitos humanos. Nessas denúncias, foi comprovado o papel que a UNRWA desempenhou no financiamento e no apoio logístico ao Hamas nesse sentido. Mas, apesar de tudo isso e de muitas outras evidências, os revolucionários justificarão o Hamas.
Costa, Lula e Amorin no Brasil, assim como Maduro na Venezuela, concordam que o Hamas não é uma entidade terrorista, mas um movimento que luta pelos direitos dos palestinos, da mesma forma que o chavismo afirma lutar pelo povo venezuelano e o PT pelo povo brasileiro.
Esses admiradores de Hajj Amin Al Husseini, o pai do movimento palestino, admirador de Hitler, continuarão a justificar o terrorismo como um método válido de luta para eles, sem chamá-lo de terrorismo. No caso de Costa, ele não tem nada a perder, seu papel é tornar a Janela de Overton cada vez maior no Brasil e, assim, ajudar o autoritarismo a continuar a se normalizar no país.