![imposto congreso Brasil](https://cdn.panampost.com/wp-content/uploads/2024/06/CONGRESO-BRASIL-IMPUESTOS-X.jpg)
No Brasil, o Congresso estava debatendo se deveria ou não taxar as compras internacionais de até 50 dólares. O imposto proposto pelo governo Lula é de 20%, enquanto – incrivelmente – alguns porta-vozes da oposição estão propondo que ele seja aplicado a compras de até 100 dólares e de até 70%. O principal argumento a favor dessa proposta é que as empresas chinesas, como Shopee, Shein e AliExpress, seriam as mais afetadas, em favor dos empresários nacionais. No entanto, o imposto se aplicaria a todas as compras internacionais e os mais pobres seriam os que mais pagariam.
Atualmente, as compras internacionais de até US$ 50 são tributadas apenas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) estadual de 17%. O radical e abusivo imposto federal de importação de 60%, por outro lado, só se aplica a remessas do exterior acima desse valor.
- Leia também: Chavismo sem Maduro: Fato ou ficção?
- Leia também: O proveito político que Lula tira da tragedia em Rio Grande do Sul
A proposta deve ser incorporada ao Projeto de Lei 914/24, que cria o Programa de Mobilidade e Inovação Verde (Mover), que oferece incentivos para o transporte ecologicamente correto. Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? A ambição da classe política de tirar mais dinheiro do povo.
Da esquerda, espera-se naturalmente que eles sejam sempre a favor dos impostos, devido ao seu vício em controlar o dinheiro público e como eles sustentam e mantêm seus privilégios por meio dele. Mas de atores que se dizem de direita e que supostamente lutam pelo livre mercado, não.
Lutar pelo livre mercado significa que esses tipos de projetos não devem ser aprovados: as compras internacionais on-line não devem ser tributadas. Isso estimula a economia local ao criar empregos e aumentar o comércio, principalmente entre os menos favorecidos.
No entanto, o argumento de alguns opositores do governo Lula é que os empresários nacionais estão em desvantagem em relação às grandes empresas asiáticas. Qual é a desvantagem? O fato de as empresas internacionais não sofrerem as mesmas cargas tributárias que as nacionais? Isso é verdade, mas não é melhor lutar pela desregulamentação local para que os nacionais possam competir mais e melhor com as empresas internacionais? Esse seria o argumento que se esperaria daqueles que se dizem de direita em um país governado por revolucionários de extrema esquerda.
O que seria da economia brasileira sem a pesada carga tributária contra os empresários? A grande aposta deveria ser a remoção dos obstáculos que impedem o desenvolvimento e o florescimento da economia brasileira; lutar por uma desregulamentação da esfera trabalhista que incentive o emprego e a produtividade, e que respeite o dinheiro ganho pelos trabalhadores sem ter de forçá-los a pagar impostos injustos. Deveria haver uma luta para remover os privilégios que foram construídos durante décadas pelos sindicatos e pela classe política com base no dinheiro público.
Esse tipo de debate ideológico pode ter um impacto nas eleições de 2026. O povo brasileiro vem passando por um processo de intensa politização desde 2013, o que torna a população mais consciente das diretrizes políticas a serem defendidas ou não por cada lado. Com certeza, quem perderá mais votos nas próximas eleições são aqueles que são contra o livre mercado.