Espanhol.— Nas últimas semanas, o governo brasileiro tomou uma decisão que gerou grande controvérsia tanto no Brasil quanto internacionalmente: a censura da cotação do dólar no Google. Essa medida desencadeou um intenso debate em um contexto onde a popularidade do presidente Lula da Silva continua caindo devido às desastrosas políticas econômicas de seu governo e suas consequências para a população.
Durante seu mandato, o Brasil experimentou uma significativa desvalorização de sua moeda, o real, frente ao dólar americano. A cotação do dólar atingiu níveis históricos, o que não apenas afetou a economia interna, mas também as importações e exportações, o turismo e a confiança dos investidores. Essa volatilidade colocou grande pressão sobre o governo, especialmente em um contexto de alta inflação e déficit fiscal crescente.
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Diante dos números controversos sobre o aumento do dólar e a reação da população nas redes sociais, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou um esclarecimento ao Banco Central do Brasil sobre a possível imprecisão das informações mostradas no Google em relação ao preço do dólar. Em particular, questionou-se a veracidade dos dados durante feriados, quando o mercado cambial não está em funcionamento. Alguns aliados do governo interpretaram essa medida como uma tentativa do Google de controlar a narrativa econômica ou de evitar o pânico entre a população e os mercados financeiros devido à alta volatilidade do real frente ao dólar.
A decisão foi amplamente criticada nas redes sociais e na mídia. Vários políticos e comentaristas sugeriram que isso é um reflexo de uma gestão econômica ineficaz ou até mesmo uma tentativa de manipular a percepção pública sobre a estabilidade econômica do país.
No entanto, o governo defendeu que a suspensão da ferramenta de cotação foi uma resposta a um erro técnico, e não uma censura política. O Google, por sua vez, suspendeu temporariamente a ferramenta sem oferecer uma explicação oficial, deixando a razão da medida em aberto para interpretação. A maioria das opiniões concorda que, na realidade, trata-se de uma ação censuradora por parte do governo, que busca ocultar os efeitos negativos das políticas econômicas falhas e suas consequências aceleradas na sociedade.
A falta de transparência e a crescente percepção de que o governo tenta manipular as informações econômicas minaram a confiança tanto dos cidadãos quanto dos investidores internacionais. Como consequência, os usuários passaram a buscar outras fontes para obter informações sobre a cotação do dólar, o que pode gerar uma maior diversificação das fontes de informações econômicas e fortalecer o mercado negro cambial.
Embora alguns defendam que a medida tenha sido uma reação a um erro técnico específico, o dano à credibilidade do governo pode ser duradouro, caso a comunicação e as políticas econômicas futuras não sejam bem administradas. Com as medidas atuais, parece que se está incentivando o surgimento de um mercado negro, onde as pessoas preferirão fazer a troca de moedas longe da cotação oficial do Banco Central do Brasil.
O que esperar de tudo isso? Se quiser entender melhor esse fenômeno, não hesite em perguntar aos venezuelanos ou argentinos, que já viveram uma situação semelhante em seus respectivos países nas últimas décadas sob regimes socialistas.